O capítulo 22 de Genesis é um dos capítulos mais importantes da Bíblia. Sou tocada cada vez que leio esse capítulo. Fico até imaginando todo o cenário. Primeiro, quando Deus fala com Abraão lhe pedindo pra ir até o monte Moriá levar Isaque e entregá-lo ao sacrifício. Depois, imagino os dois fazendo aquela jornada tão penosa, talvez sem nenhuma palavra por parte de ambos. E finalmente, imagino o momento em que Abraão e Isaque chegam ao local do sacrifício. Local que mais tarde será chamada de Jerusalém. O altar é preparado e quando Abraão está já prestes a sacrificar seu filho e interrompido pelo anjo.
Abraão, é considerado o pai da Fé. Ele é o pai de todos aqueles que confiam e obedecem a Deus. A confiança que Abraão tinha em Deus o levou a obedecer e entregar o seu filho amado. A experiência que ele tinha com Deus, ouvindo sua voz, esperando n’Ele com paciência e vendo Ele agir fez dele um homem de fé. Ele cria que Deus poderia trazer seu filho de volta, como escreveu o discípulo Tiago.
Concluiu que, se Isaque morresse, Deus tinha poder para trazê-lo de volta à vida. E, em certo sentido, recebeu seu filho de volta dos mortos.
(Hebreus 11:19)
Isaac não teve de morrer nesse dia para que as promessas tomassem forma nos dias vindouros. Melhor sangue seria derramado para assegurar o seu lugar nesta modesta colina, onde um pai aliançado conduziu um filho da aliança com o peso da sua própria madeira para o seu altar de execução privada. No dia em que um carneiro emergiu do matagal, um filho da aliança foi poupado (Génesis 22:8, 13). Num dia vindouro, o Cordeiro prometido seguiria os passos de Isaac, e este Filho da aliança não seria poupado. Esse Filho, o Isaque maior, iria, através da morte, "destruir aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo" (Hebreus 2:14), e saquear "as chaves da Morte e do Hades" (Apocalipse 1:18) para assegurar a vida eterna e a vitória a todos os que partilham a confissão de Abraão. O Senhor providenciou a si mesmo: tanto "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29), como "o Leão da tribo de Judá" (Apocalipse 5:5), que governará as nações a partir daquele mesmo cume de sacrifício sombrio e provisão prometida: o Monte Moriah. (Steph Quick)
