O dia 27 de Janeiro de 1945 é um desses dias que precisa ser sempre relembrado.

Apesar de todas as imagens guardadas nos arquivos de museus e a existência de sobreviventes, um número cada vez maior de pessoas negam os fatos acontecidos 78 anos atrás. Portanto, creio ser necessário ainda postar sobre esse tema.

Até esse momento temos sobreviventes do holocausto, todavia, a cada ano que passa esse número diminui. Sim, a maioria já está bem idosa e pouco a pouco eles vão desaparecendo.

Deixo aqui com vocês uma pequena descrição dos acontecimentos daquele 27 de Janeiro. O dia da libertação, (Befreiung em alemão) dos prisioneiros de Auschwitz.

Soldados do 60º Exército da Primeira Frente Ucraniana abriram as portas do Campo de Concentração de Auschwitz em 27 de janeiro de 1945. Os prisioneiros os saudaram como autênticos libertadores. Era um paradoxo da história que soldados representando formalmente o totalitarismo stalinista trouxessem liberdade aos prisioneiros do totalitarismo nazista.

O Exército Vermelho obteve informações detalhadas sobre Auschwitz somente após a libertação de Cracóvia e, portanto, não pôde chegar aos portões de Auschwitz antes de 27 de janeiro de 1945.

Cerca de 7 mil prisioneiros esperavam a libertação no Campo Principal, Birkenau e Monowitz. Antes e logo após 27 de janeiro, os soldados soviéticos libertaram cerca de 500 prisioneiros nos subcampos de Auschwitz em Stara Kuźnia, Blachownia Śląska, Świętochłowice, Wesoła, Libiąż, Jawiszowice, e Jaworzno.

Mais de 230 soldados soviéticos, incluindo o comandante do 472º regimento, o coronel Siemen Lvovich Besprozvanny, morreram em combate enquanto libertavam o Campo Principal, Birkenau, Monowitz e a cidade de Oświęcim. A maioria deles está enterrada no cemitério municipal em Oświęcim.

No Campo Principal e em Birkenau, os soldados soviéticos descobriram os cadáveres de cerca de 600 prisioneiros que haviam sido baleados pelas SS em retirada ou que haviam sucumbido à exaustão.

https://www.auschwitz.org/en/history/liberation/day-of-liberation/