
Punaré, eu nem sabia que existia bicho com esse nome, e você?
Bem, hoje completa dois meses que o papai partiu. Ainda estamos com os corações cheios de saudades! Ele morreu mas deixou conosco sua histórias. Me recordo que nos últimos meses ele mencionou algumas vezes o nome desse animal, o Punaré. Ele nos contou que quando criança lá no interior do Ceará comia carne de Punaré, pois era o que se tinha por lá! O interessante é que ele se lembrava disso não com desgosto, mas como algo que ele apreciava muito em sua infância.
Meu pai nasceu em 1929. O ano de uma grande depressão de nível mundial. Imagino quão difícil não era a situação no interior do Ceará. Por isso, esses roedores eram caçados com frequência pra servir famílias no interior do Brasil.
Ainda bem que minha avó Lourdes era diligente e se esforçava pra cuidar dos filhos, depois que o nosso avô Agostinho faleceu. Ela cultivava uma horta de onde eles colhiam verduras e até mesmo a mandioca, com a qual faziam a farinha pra Tapioca.
Estou deixando aqui registrado, por que minha memória já não está fresquinha como 30 anos atrás. E sempre que possível vou postar mais alguma que ouvi de querido pai.
Rabudo, punaré ou rato-boiadeiro, é um roedor da família da Echimyidae. Seu habitat é delimitado pelo litoral do Nordeste do Brasil ao norte, passando por entre a mata atlântica ao leste e a floresta amazônica ao oeste, estendendo-se em direção sudeste até o Paraguai. Habita áreas pedregosas e de vegetação aberta, como a caatinga e o cerrado no Brasil, e o chaco no Paraguai. É também encontrado na Bolívia[1] Possui pelagem macia, marrom-escura no dorso e cinzenta ou branca nas partes inferiores, e uma cauda longa e peluda. (Wikipédia)