“Não terás outros deuses além de mim” (Ex. 20:3).

Este é o primeiro dos dez mandamentos. É importante entendermos que não foi por acaso que Deus escolheu esse pra ser o primeiro mandamento. Ele sendo o Criador e sustentador de todas as coisas, merece um lugar de primazia em toda a sua criação.

A. W. Tozer, nos dá uma ótima descrição desse terrível pecado, que é a idolatria:

Entre os pecados para os quais se inclina o coração humano, nenhum é mais odioso para Deus do que a idolatria; pois no fundo, a idolatria difama o caráter  divino. O coração idólatra entende Deus de maneira diferente do que Ele realmente é, e substitui o Deus verdadeiro por um deus feito à sua imagem. (…) Acautelemo-nos para não aceitarmos no nosso orgulho a ideia de que a idolatria consiste apenas no ajoelhar-se perante objetos visíveis de adoração; e que os povos civilizados estão livres disso. A essência da idolatria está nas ideias indignas que temos a respeito de Deus. Começa na mente e poderá ocorrer mesmo quando não seja praticado nenhum ato manifesto de adoração a uma imagem.”

“Portanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seu próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes os coração insensato.” (Rom.1:21)

Mas afinal de contas, o que é um ídolo?

Um ídolo é algo ou alguém que toma um lugar de prioridade em nossas vidas acima do Senhor Jesus Cristo em nosso pensar, em nosso tempo, nossa lealdade e nossa obediência. (Definição dada por Joy Dawson, em seu livro “Intimate Friendship with God”).

Quando falamos neste tema é normal pensarmos em pessoas de outras religiões se prostrando diante de seus falsos deuses.

Todavia mesmo pessoas cristãs envolvidas no ministério cristão podem cultivar os seus ídolos. Quanto mais pesadas forem nossas responsabilidades ministeriais, mais facilmente podemos permitir que o ministério se torne o foco de nossas prioridades, ou seja, nos tornamos pessoas idólatras!

Somente o temor do Senhor pode nos guardar da idolatria. É o temor do Senhor que nos guarda de temer pessoas e colocá-las num lugar que só a Deus pertence.

Mas como podemos saber que temos em nós o temor do SENHOR?

Mais uma vez compartilho uma excelente colocação da  autora Joy Dawson sobre o assunto: “Nós temos o temor do SENHOR em nós, somente na medida que confessamos e cremos que a Palavra de Deus é nosso padrão de justiça, e na medida que a aplicamos em cada área de nossa vida diária.

Meditando nestes dias sobre o tema, tenho orado pedindo a Deus que me mostre se tenho deixado outras coisas tomar o lugar que é só d’Ele em minha vida.

É sábio fazermos a nós mesmos perguntas como estas:

  • O que é que mais nos emociona ou nos deixa fascinados?
  • Sobre o que  pensamos ou falamos a maior parte do tempo?

O que recebe o nosso tempo e atenção acima de tudo?Possessões? Dinheiro? investimentos? Comida? Gratificação sexual?  Promoção no trabalho?  Viagens?  Hobbies? Televisão?  Líderes espirituais? Amigos? Família? Ministério? Esportes? Cumprimento da visão?

Líderes espirituais? Amigos? Família? Ministério? Esportes?

“Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua glória pelo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor.  Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.”  (Jer.2:11-13)

Portanto a idolatria é o pecado que confronta diretamente a pessoa de Deus.

Que possamos atender o sábio conselho do apóstolo João:

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!

(1 João 5:21)