Os apóstolos conheciam a necessidade e o valor da oração para o seu ministério. Reconheceram que a sua nobre missão como apóstolos, em lugar de aliviá-los da necessidade de oração, impelia-os a ela como uma necessidade mais urgente; assim eles foram excessivamente zelosos para que alguma outra tarefa importante não viesse esgotar seu tempo e impedisse a sua oração como deviam fazer; assim, escolheram leigos para cuidar dos deveres delicados e crescentes de ministrar aos pobres, a fim de que eles (os apóstolos) pudessem, sem empecilho, “perseverar na oração e no ministério da palavra” (Atos 6:4). Colocaram a oração em primeiro lugar e deram ênfase à sua posição com respeito à oração, “entregaram-se a ela”, tornando-a uma tarefa, sujeitando-se a ela, dando-lhe fervor, urgência, perseverança e tempo.

Como os santos apóstolos se devotaram a este divino trabalho de oração! “Orando abundantemente dia e noite”, diz Paulo. “Mas nós perseveraremos na oração…” foi a resolução dos dedicados apóstolos.

Como estes pregadores do Novo Testamento se entregaram à oração pelo povo de Deus! Como apresentaram Deus às suas igrejas, com toda plenitude, por suas orações! Estes santos apóstolos não tinham a presunção de que haviam satisfeito seus altos e solenes deveres pela entrega fiel da Palavra de Deus, mas sua pregação, pelo ardor e insistência de suas orações, ficou gravada nas mentes dos ouvintes e produziu efeitos.

A oração apostólica era tão determinante, árdua e imperativa como a pregação. Oravam poderosamente, de dia e de noite para trazer seu povo aos lugares mais altos da fé e santidade. Oravam mais poderosamente para conservá-lo nesta atitude espiritual. O pregador que nunca aprendeu, na escola de Cristo, a nobre e divina arte da intercessão pelo seu povo, nunca aprenderá a arte da pregação, mesmo que conheça muito bem as regras da homilética e seja o mais dotado gênio da confecção do sermão e na transmissão.

As orações dos santos líderes apostólicos fizeram muito para tornar santos aqueles que não eram apóstolos. Se os líderes da Igreja, nos anos posteriores tivessem sido tão cuidadosos e fervorosos em suas orações pelo seu povo, como os apóstolos, os tempos tristes e tenebrosos do mundanismo e apostasia não teriam manchado a história, ofuscado a glória e detido o avanço pela Igreja. A oração apostólica faz santos apostólicos e conserva os tempos apostólicos de pureza e poder da Igreja.