Mireille Knoll, uma judia francesa de 86 anos, sobrevivente do Holocausto foi assassinada em seu apartamento em Paris em 23 de março de 2018. O assassinato foi oficialmente descrito pelas autoridades francesas como um crime de ódio anti-semita.
Mireille Knoll tinha 9 anos quando, graças a um passaporte brasileiro miraculosamente herdado do pai, escapou com a mãe àquela que foi a maior captura massiva de judeus feita na França: nos dias 16 e 17 de julho de 1942, quando 13 mil pessoas foram presas em Paris e arredores e deportadas para a Alemanha. A operação, conhecida na França como Rafle du Vél” d”Hiv – rusga do velódromo de inverno. Mãe e filha conseguiram refúgio em Portugal e partiram depois para o Canadá, onde Mireille veio a casar-se com um sobrevivente do Holocausto. Criaram uma família em Paris, filhos, netos e bisnetos, alguns vivem hoje em Israel. Alertados para um fogo no seu apartamento, os bombeiros encontraram o corpo de Mireille na sexta-feira da semana passada. A justiça francesa está a investigar o caso como um crime de ódio religioso, por haver indícios de que foi a sua condição de judia que o motivou.
A morte de Mireille Knoll provocou uma enorme mágoa na comunidade judaica, quase um ano após o assassinato, em Abril de 2017, de Sarah Halimi, uma mulher de 66 anos judia que foi espancada no seu apartamento e posteriormente atirada da janela, alegadamente por um vizinho muçulmano. O conselho representativo das instituições judaicas de França (CRIF, na sigla francesa) pede “total transparência” na investigação do caso de Mireille Knoll.
Esse acontecimento trágico prova o que tenho ouvido já por várias vezes, de que o lugar mais seguro para os judeus hoje é o estado de Israel.
Recentemente, judeus no mundo inteiro celebraram a páscoa. A refeição do Seder termina com a proclamação “No ano que vem em Jerusalém”. Quase todos os judeus no exílio dizem isso – incluindo os judeus messiânicos – mas, a menos que haja uma ameaça muito real a suas vidas, a maioria dos judeus não tem essa intenção, ou seja, deixar tudo para trás e começar uma nova vida na terra de seus antepassados.
Que a morte da Sra. Knoll não seja em vão, mas seja motivo pra muitos judeus que vivem hoje na Europa e outras nações, de se mudarem pra Israel.