Quando em 722 aC os assírios derrotaram Samaria, eles levaram as dez tribos hebraicas do norte para o exílio, tanto quanto as “cidades dos medos” (II Reis 17: 6). Duzentos anos mais tarde, depois do cativeiro de Judá na Babilônia, a maioria dos judeus, agora sob soberania persa, optou por não voltar a Israel; eles se espalharam, muitos em áreas ocupadas pelos medos. Embora alguns considerem que o profeta Daniel tenha sido enterrado em Susã, na Pérsia (atual Irã), tradições igualmente credíveis apontam que os seus restos mortais encontram-se dentro da área curda do norte do Iraque, Kirkuk ou Mosul . (No ano passado, o chamado Estado Islâmico, após a captura da cidade de Mosul, prosseguiu em explodir o túmulo atribuído a Daniel lá.)
Por muitos séculos os judeus floresceram entre os medos. E com sua presença a religião teve uma forte influência. Muitos acreditam que os “magos” (homens sábios) que vieram visitar o menino Jesus, vieram da Média. Sem dúvida eles levaram de volta com eles sua incrível história. Na festa de Shavuot (Pentecostes) registrado em Atos 2:9, entre os visitantes que ouviram os discípulos falando em suas próprias línguas estavam judeus da terra dos Medos!
É notável saber que um relacionamento especial e profundo existe por séculos entre estes dois povos.
Os Curdos se familiarizaram com o Deus hebreu e sua forma de adoração, e até certo ponto com o Messias que havia sido profetizado pelo profeta Daniel, o qual nasceu em Belém, viveu, morreu e ressuscitou dentre os mortos, liberando Seu Espírito de vida sobre a terra.
Com a vinda das hordas islâmicas no século 8, os curdos foram forçosamente subjugados àquela religião e assim permaneceram até os dias de hoje. No entanto, por causa do testemunho dos judeus que viveram por tanto tempo entre eles, os missionários ocidentais que trabalham no Curdistão nas últimas décadas descobriram que o “verniz” do islã parece ser mais fino do que aquele que encobre seus vizinhos. No início dos anos 50 quase todos os judeus no Iraque deixaram o país pra começar uma nova vida no recém criado estado de Israel. Todavia um relacionamento cordial manteve-se entre os dois povos, e num mar de hostilidade para com os judeus e Israel, os curdos tem mantido uma visão amigável de ambos, o povo judeu e seu Estado.
(Fonte: M. Sarvis)