Chanucá

Começou hoje a festa judaica conhecida como Chanucá ou Hanukkah. Como tenho aprendido  nestes dias fatos interessantes sobre a cultura judaica, achei por bem escrever um ou dois posts sobre essa festa, sendo esse o primeiro deles. Uma boa parte é resultado de pesquisa e traduções, sendo que no caso de tradução, colocarei sempre no final o nome do autor ou autores.


Chanucá é uma palavra hebraica que significa “dedicação”. (Ela é usada, por exemplo, em II Crônicas 7:.. 9, quando Salomão dedicou o altar do Primeiro Templo, mas também ocorre no título do Salmo 30, que é um cântico de dedicação da casa). A celebração judaica de oito dias que leva esse nome (que também é chamado de Festival das Luzes) lembra a re-dedicação do “segundo” templo em Jerusalém, depois de este ter sido recuperado pelas forças judaicas de Judas Macabeu em 164 a.C. O rei sírio Antíoco IV Epifânio (um precursor do Anti-Cristo, que foi predito em Daniel 11:21), procurando forçar os judeus a abandonar a sua religião e cultura pela da Grécia, emitiu decretos proibindo a circuncisão, observância dos sábados judaicos e dias de festa. Ele contaminou o Templo Sagrado, oferecendo uma porca no altar e levantou no Santuário uma estátua ao deus grego Zeus.

Como narrada no Primeiro Livro dos Macabeus, que é um relato histórico respeitado da história judaica encontrada nos livros Apócrifos, uma revolta foi iniciada pelo sacerdote Matatias e, posteriormente, conduzida por seu filho Yehuda (Judas) Macabeu. Isso resultou na derrota das forças sírias, após o que, o Templo profanado foi limpo e re-dedicado.

 Outro relato conta como durante esta limpeza só havia óleo consagrado suficiente para queimar no menorá do templo por uma noite, mas um milagre aconteceu e o óleo continuou queimando por oito dias.  O guerreiro vitorioso Yehuda ordenou “que os dias da dedicação do altar fossem  mantidos em seu tempo, de ano em ano, pelo espaço de oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Kislev, com alegria e júbilo” (I Macabeus 4:59).

O milagre deu origem à tradição associando este feriado com óleo e luz (“Festival das Luzes”) – a partir da menorá de oito braços (que muitas vezes é alimentada por óleo), tendo uma nova lâmpada acendida a cada noite do festival, às rosquinhas fritas em óleo, disponíveis em cada esquina.

(Texto de M. Sarvis)