Durante a controvérsia Ariana, 318 pais da Igreja (muitos deles mutilados e com cicatrizes resultantes da violência física que sofreram durante perseguições anteriores) se reuniram em Nicéia e adotaram um declaração de fé, onde se pode ler em uma das seções:
Creio em um Senhor Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
Gerado por Ele antes de todos os tempos,
Deus de Deus, Luz das Luzes,
Vero Deus, do Vero Deus,
Gerado, não criado,
Sendo uma só substância com o Pai,
Pelo qual todas as coisas foram criadas.
Durante mais de dezesseis séculos este tem permanecido como o teste final da ortodoxia, como deveria ser, pois condensa, em linguagem teológica, o ensino neotestamentário concernente à posição do Filho na divindade.
O Credo niceno também presta tributo ao Espírito Santo como sendo Ele mesmo Deus, e igual ao Pai e ao Filho:
“Creio no Espírito Santo,
Senhor e doador da vida,
Que procede do Pai e do Filho,
Que juntamente com o Pai e o Filho
É adorado e glorificado.”
A natureza do Deus Bíblico é essencialmente relacional.
O cristianismo é a única religião monoteísta que crê num único e indivisível Deus que se manifesta como uma Trindade de pessoas. O Deus cristão e bíblico não existe solitariamente, Ele é sempre a comunhão das três divinas pessoas. O nosso chamado e vocação é participar desta amizade eterna. Na oração sacerdotal Jesus expressa essa verdade: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).
Leituras recomendadas:
1) Mais perto de Deus- A.W.Tozer, no capítulo “A Santíssima Trindade”.
2) O Caminho do Coração: Ricardo Barbosa de Sousa.